Para você que se acostumou a acompanhar este blog, ou mesmo você que veio parar aqui por acidente de percurso; saiba que de agora em diante este distinto blog - que se dedica a falar sobre música que discute o tema por uma perspectiva marxista sem ser coisa de comunista - estará hospedado em outro domínio, o do wordpress.
O Sandália e Meia - Jornalismo musical e opinião, há 3 anos vem trazendo temáticas não as mais úteis, mas com certeza sob um ponto de vista livre de hipocrisias e bastante sincero. Você encontrará estas ideias tortas e de certa maneira utópicas serão encontradas no espaço sandaliaemeiamusical.wordpress.com - Detalhe... Adicione o termo "musical" à já consagrada marca "Sandália e Meia".
Conto com a visita de todos ao novo sandália e meia... A tendência é só de melhorias e se Deus quiser manteremos e estreitaremos o nosso contato. Ou melhor... Se Deus quiser e o Diabo deixar. Sandália e Meia - Jornalismo musical e opinião (http://sandaliaemeiamusical.wordpress.com). Me sigam no twitter (twitter.com/sandaliaemeia)
Pois bem. Para não me classificarem de velho ranzinza que só sabe falar mal das bandas novas, hoje é dia de jogar confetes e abrir o coração para fazer elogios.
Não quero ser considerado – como é a maioria dos jornalistas musicais – um músico frustrado, portanto escreverei sobre uma banda que acho muito bacana e que se chama ‘Garotas Suecas’.
Como o grupo não é dos mais novos e já possuiu certa repercussão nacional – é só saber procurar um pouquinho – não informarei quem são os integrantes, nem nada do tipo, pois outros veículos fazem e já fizeram isso melhor.
Fica aqui apenas a dica de som para se ouvir, já que escuta-se muito por aí que não há coisas novas de qualidade. Reclama-se da falta de grupos novos e que inovem em algo na cena brasileira, seja de que gênero for que falemos.
Classificariam o som de Indie Rock, mas sempre tive a impressão que tal denominação é uma espécie de eufemismo para “emo heterossexual”. Como diria o pessoal aqui de Juiz de Fora, é um rock bem destinado à galera pós moderna – seja lá o que isso queira dizer. Vamos tentar fugir de rótrulos e preconceitos.
O som dos caras é muito bacana. A força dele está no peso, no impacto das canções ao público, na presença dos integrantes, na simplicidade e nas letras bem humoradas sem cair em escracho ou coisas de mal gosto. Se você procura engajamento político social, coisa rebuscadas e técnicas não é no Garotas Suecas que você vai encontrar.
Fica a sugestão, principalmente para a canção ‘Codinome Dinamite’, que além de ser uma grande música, possuiu um clipe bem bacana. Sem contar nas homenagens a alguns artistas da música brasileira como o Tim Maia e os meus sempre favoritos Novos Baianos.
Garotas Suecas fala sobre as influências
Garotas Suecas fala sobre os planos para o primeiro álbum
Codinome Dinamite - Garotas Suecas
"Meu codinome é dinamite! Meu apelido é explosão! Queimando as cordas pela pista eu sigo em plena contramão.
Garota, escute com cuidado... Sou osso duro de roer! E se eu te agarro pela noite eu largo em pleno amanhecer.
Eu não preciso te dizer, que do meu lado é pra valer. Do meu lado é pra valer!
Meu codinome é dinamite! Meu apelido é explosão! Queimando as cordas pela pista eu sigo em plena contramão
Não vá pensar que no meu peito, não bate nenhum coração... Mas quem acompanha o Homem Brasa é a Garota Explosão!
E eu não preciso te dizer, que do meu lado é pra valer! Do meu lado é pra valer"
Este post se refere a algo que veio em minha mente ao assistir ao programa do Jô da última quarta feira, 26 de agosto de 2009. Um dos entrevistados foi o cantor inglês Ritchie.
Ele vive no Brasil há muito tempo e é conhecido pelo sucesso chiclete “Menina Veneno” - febre nos anos 80 e mais tarde, nos 90, na voz da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano.
Este texto se trata de como, realmente, o ser humano é um poço de preconceitos e de como, na maioria das vezes, nos deixamos guiar por ideias contruídas de maneira superficial e pejorativa sem nos permitir entrar em contato com novos contextos. Tachado de brega, popularesco, sem qualidade, músico de uma hit apenas; Ritchie carrega nas costas todas muitos rótulos negativos no que se refere à carreira musical.
Mas não é que o cara tem formação musical respeitável, amizades e parcerias renomadas e conceituadas pela nata da nata musical verde-amarela e, além disso, é influenciado por ícones da música erudita e da música pop que deixaria o mais cult dos cult com inveja mortal. Tuso isso aliado ao que todo musico almeja: a popularidade.
Quando assume a flauta transversal em um momento da entrevista, Ritchie mostra que entende do assunto “música” e caso não utilize arranjos rebuscados e suas composições não primem pela complexidade técnica e conceitual; trata-se de mera opção e não necessariamente limitação. Ao meu ver foi o ponto alto da entrevista.
Venho aqui dizer que como o ego do ser humano e a falta de humildade faz com que nós, em um mar e vaidades, buscamos rótulos, classificações, discriminações que servem muitas vezes para fortalecer preconceitos que não levam a lugar algum. Não sou fã do Ritchie, nem conheço outras canções, mas passo a vê-lo com outros olhos e este exercício deve se ampliar a outros.
Ritchie no programa do Jô (26-08-2009) – Parte 2
Menina Veneno – Ritchie
“Meia noite no meu quarto ela vai subir Ouço passos na escada vejo a porta abrir Um abajur cor de carne, um lençol azul Cortinas de seda, o seu corpo nú... Menina Veneno o mundo é pequeno demais prá nós dois Em toda cama que eu durmo só dá você, só dá você Só dá você! Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!... Seus olhos verdes no espelho brilham para mim Seu corpo inteiro é um prazer do princípio ao sim... Sozinho no meu quarto eu acordo sem você Fico falando pr'as paredes até anoitecer... Menina Veneno você tem um jeito sereno de ser E toda noite no meu quarto vem me entorpecer Me entorpecer! Me entorpecer! Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!...
Meia noite no meu quarto ela vai surgir Eu ouço passos na escada eu vejo a porta abrir... Você vem não sei de onde eu sei, vem me amar Eu nem sei qual o seu nome mas nem preciso chamar...”
Jornalista formado na Universidade Federal de Viçosa.
Músico das bandas "Ferro na Boneca" (Samba Rock) e "Alunte" (Groove Regional).
Na primeira, ele é vocalista e violonista, na segunda é baixista.
Já foi baixista da banda de Hard Rock Escaravelho e locutor do programa "Open Bar" na rádio Quintal FM em Viçosa.
No mais é isso.