quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"Você é meu amigo de fé, meu irmão camarada"


Pois bem! Uma vez eu estava conversando com um amigo meu, o glorioso Mateus Felipe Pena Câmara, o popular Mateuzão, sobre algumas duplas.

Mas não me refiro a duplas profissionais, sertanejas ou coisas do tipo. A gente falava de associações como queijo e goiabada, pão e manteiga, Bebeto e Romário, Fred e Barnei, Keith Richards e drogas ou mesmo Mike Jaguer e filhos.

Em nossa música há clássicos exemplos de parcerias que deram e dão certo. Roberto e Erasmo Carlos, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, Pedro Luís e a Parede, Rita Lee e Roberto de Carvalho são umas.

Outros exemplos são Paulo Ricardo e Luís Schiavon, Moraes Moreira e Galvão, Baby e Pepeu, Nando Reis e Cássia Eller, Caetano e Gil, Benegão e Marcelo D2 e, por fim mas não por último, Tom Jobim e Vivícius de Morais - se bem que Toquinho e Vinícius eram como unha e carne.


A Felicidade - Toquinho e Vinícius de Morais





Mas o que eu quero destacar neste post são as parcerias mais recentes. A nova geração de artistas da MPB brasileira vira e mexe se junta para uma apresentação aqui e acolá. Regravam composições de um, fazem músicas especialmente para o outro e, neste caminho, consolidam uma parceria.

Este é o caso de Maria Rita e Marcelo Camelo. Em seu primeiro álbum, a filha da cantora Elis Regina interpretou três canções do músico, na época, da banda Los Hermanos. 'Veja bem meu bem', inclusive, fazia parte do álbum 'Bloco do Eu sozinho', lançado pelo grupo carioca em 2001. 'Cara Valente' e 'Santa Chuva' foram as outras composições de Camelo presentes no disco de Maria Rita.

Em seu segundo trabalho, entitulado 'Segundo', Maria Rita regravou 'Casa pré-fabricada', também faixa do disco 'Bloco do Eu sozinho', e interpretou a canção 'Despedida', ambas de Marcelo Camelo. Os dois não pararam por aí e também subiram aos palcos prolongando a parceria.


'Carinhoso' e 'A outra' - Maria Rita e Marcelo Camelo





Mas essa geração dos anos 2000 é osso duro de roer. A idéia hoje em dia é de se fazer projetos - os quantos forem possíveis e necessários. É o caso de Mallu Magalhães e Helio Flanders (Vanguart). Os dois estão entre as principais revelações da música tupiniquim, como emergentes da cena independente e não perderam tempo.

Colocados como representates da música Folk brasileira, pelo menos da nova geração, os dois já estão com um projeto neste gênero musical e também já subiram ao palco para cantarem juntos.

The Last Time I Saw You - Mallu Magalhães & Helio Fanders





Há também as parcerias que são inevitáveis, pois na verdade são encontros. Mariana Aydar e Roberta Sá são dois nomes que, para o bem da nossa música e do samba, surgiram no Brasil mais recentemente. As duas também cantam juntas, esbanjam talento e mostram que rivalidade é coisa da época áurea do rádio com Martinha e Emilinha.

Eu sambo mesmo - Mariana Aydar e Roberta Sá






"Há quem sambe muito bem
Há quem sambe por gostar
Há quem sambe por ver os outros sambar

Mas eu não sambo para copiar ninguém
Eu sambo mesmo com vontade de sambar
Porque no samba eu sinto o corpo remexer
E é só no samba que eu sinto prazer

Há quem não goste de samba, não dá valor, não sabe compreender
O samba quente, harmonioso e buliçoso
Mexe com a gente e dá vontade de viver

A minoria diz que não gosta mas gosta
E sofre muito quando vê alguém sambar
Faz força, se domina, finge não estar
Tomadinho pelo samba, louco pra sambar"

Maicou...

Um comentário:

Anônimo disse...

booooa!
gostei da citação inicial!!
sinal que o papo das duplas rendeu algo!!